Digo dos barcos
que ali chegam
regressos amarrados nos porões.
regressos amarrados nos porões.
Homens-velas
contra as despedidas.
Homens-mastros nas pedras do cais,
com os bornais carregados de sal.
com os bornais carregados de sal.
No peito dos
marinheiros nasce o sopro
que acrescenta os ventos e os leva de feição.
que acrescenta os ventos e os leva de feição.
Homens-água
que com ela se entendem ou se matam.
Dos
torna-viagens sei que vão e voltam
e sempre vão com os olhos cravados na proa,
cavando mares, cavando, até que a popa
se recuse ao caminho.
e sempre vão com os olhos cravados na proa,
cavando mares, cavando, até que a popa
se recuse ao caminho.
O sopro no
peito a esmorecer,
a âncora presa ao fundo,
o barco parado, o homem calado,
as pedras de sal a contarem os dias da última viagem.
a âncora presa ao fundo,
o barco parado, o homem calado,
as pedras de sal a contarem os dias da última viagem.
Licínia Quitério
2 comentários:
Gosto de barcos
também dos teus
nos mastros mais altos
Bis
Marinheira dos teus sonhos...
Beijo.
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