3.2.15

DIAS DE NADA



Os dias de nada não são de tristeza nem de alegria.
São sem entusiasmo nem decepção. 
São só dias de nada, dormentes sem sono, quietos sem espera. 
Não são úteis nem inúteis.
Olham a chuva e não se molham. 
Pode o vento soprar que não se desalinham. 
Existem, apresentam-se, não se demovem da sua nulidade. 
Sem os dias de nada não tentaríamos tudo. 
Ao menos tentamos.

Licínia Quitério

4 comentários:

Mar Arável disse...

Conheço alguns desses dias

onde quase tudo acontece

Bjs

Era uma vez um Girassol disse...

Interessante....
Tomos temos...
Talvez dias de espera...
Bjs

Manuel Veiga disse...

há um frémito calado nos dias de hoje...

beijo

Graça Pires disse...

Parecem de nada, esses dias... Mas são de tudo um pouco, ou muito...
Beijo, minha amiga.

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