Na garganta um vibrato.
No cântaro quebrado, o incenso amortecido.
Desfocada, uma rosa desenha a madrugada.
Que ilumine o negrume das copas
e acalme a sede das ervas
e apague o rasto da peçonha
e alimente as palavras novas.
Que seja a boca e o beijo,
a forja e o aço,
o sangue e o útero
e nos ensine o princípio da alegria.
Licínia Quitério